Pássaro equilibrista
Ao encerrar o estudo sobre as aves, a turma do 4º ano fez o pássaro equilibrista.
Que extraordinária força e resistência
possuem pássaros como o albatroz, capaz de voar centenas de quilômetros mar
adentro? Não muita. O desempenho pode ser admirável, mas é um erro pressupor
que ele dependa de "força" e "resistência", como se o
percurso todo se fizesse à custa do bater contínuo das asas.
Quem já voou de planador sabe que,
com aproveitamento das correntes que se revolvem no oceano aéreo da atmosfera,
é possível cobrir vastas distâncias e subir a grandes alturas, sem as enormes
somas de energia que os motores dão aos aviões. Grandes pássaros, de asas
longas e largas, podem aproveitar também essas correntes ascensionais para
ganhar altura. Na descida, a resistência oposta pelas asas ao ar desvia a
trajetória: ao invés de o corpo do pássaro cair numa linha reta, perpendicular
ao solo, ele desliza numa linha oblíqua, que pode terminar a muitos quilômetros
de distância.
A observação do vôo
dos grandes pássaros logo destaca duas características: a leveza do corpo e a
forma adequada ao vôo planado. Todo o organismo do animal está adaptado a essa
função de vôo: a musculatura é simplificada, o esqueleto é uma estrutura com
grandes espaços ocos (sem medula), às vezes reforçados por "vigamentos"
internos.
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